terça-feira, 31 de maio de 2011
OMS admite possível ligação entre o uso de celulares e o câncer cerebral
Pela primeira vez, a Organização Mundial da Saúde afirmou que existe a possibilidade de um risco de câncer cerebral associado ao uso do telefone celular. Mas a OMS deixou claro que são necessários mais estudos de longo prazo.
O telefone celular é usado por cinco bilhões de pessoas, mais de 70% da população mundial. O aparelho funciona como uma espécie de rádio: quando uma pessoa liga para outra, o celular transmite e recebe informações por meio de ondas eletromagnéticas.
As consequências para a saúde desta invenção do século XX, que revolucionou a comunicação, há muito tempo vem sendo pesquisadas.
A agência internacional de pesquisas sobre câncer da Organização Mundial da Saúde classificou as ondas eletromagnéticas dos celulares como possivelmente cancerígenas para os usuários.
Segundo os cientistas, há uma evidência limitada de que o uso do celular pode aumentar o risco de glioma, um tumor cerebral maligno; e de neuroma, um tumor benigno. A agência reforçou que não tem provas de que as ondas de radiofrequência causam câncer e concluiu que é preciso avançar nas pesquisas.
Os 31 cientistas de 14 países não sabem quantificar os riscos. Eles analisaram vários estudos, entre eles uma pesquisa de 2004 que indicou um aumento de 40% na probabilidade de surgir um tumor maligno em uma pessoa que fale, em média, 30 minutos por dia ao telefone celular, em um período de 10 anos.
Ou seja, o telefone celular se compara ao chumbo, ao escapamento do motor do carro e ao clorofórmio: possivelmente cancerígenos para os seres humanos. Já o tabaco, por exemplo, está na categoria cancerígeno.
A agência internacional de pesquisas sobre o câncer aconselhou: até que resultados de novos estudos sejam divulgados, as pessoas devem tentar reduzir a exposição às ondas de radiofrequência, optando mais pelo envio de mensagens de texto ou falar através de viva-voz ou fones de ouvido, mantendo o celular longe da cabeça.
Fonte: g1.globo.com
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