A
população do Rio Grande do Norte superou a casa dos 3,2 milhões de
habitantes, segundo estimativa populacional divulgada ontem pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números são
usados pelo Tribunal de Contas da União para fixar os coeficientes do
Fundo de Participação dos Estados e Municípios de 2013.
No caso
do RN, Doutor Severiano, Galinhos e Parnamirim foram os municípios que
apresentaram as maiores taxas de crescimento nos últimos dois anos. Em
Doutor Severiano, o crescimento foi de 7% e em Galinhos 6,23%.
Parnamirim, cuja taxa de crescimento foi 5,82%, recebeu nestes dois anos
11.786 habitantes, o equivalente a população de Angicos ou a de Acari. O
município tem agora 214.199 habitantes. Guamaré,cidade que abriga um
polo petroquímico da Petrobras, o crescimento foi de 4,96%, e em Tibau
do Sul, onde se localiza a praia da Pipa, 4,67%.
O Rio Grande do
Norte tem 3.228.198 habitantes, número suficiente para desencadear um
movimento em defesa do aumento da representação parlamentar na Câmara
dos Deputados e na Assembleia Legislativa. Com 3,16 milhões, Alagoas tem
hoje nove deputados federais; o Piauí também com 3,16 milhões tem dez e
o Rio Grande do Norte oito.
Dos dez mais populosos, seis são
municípios da Grande Natal. Os outros são Mossoró, na região Oeste com
266.758, Caicó 63.571, Assu 54.031, Currais Novos 42.934. Por faixa
populacional, o Rio Grande do Norte tem apenas três municípios com mais
de 100 mil habitantes, treze entre 30 mil e 99.999, cinquenta e dois
entre 10 mil e 29.999 e nove e nove abaixo de 10 mil.
A
estimativa populacional divulgada ontem pelo IBGE traz algumas
curiosidades. Carnaubais tem 10.000 habitantes. De 2000 a 2012,
Parnamirim recebe 89.509 habitantes, ante 52.917 de Mossoró. Pelas
estimativas dos técnicos do IBGE, a continuar nesse ritmo, Parnamirim
ultrapassaria Mossoró antes do censo de 2020. Nos últimos anos, foram
construídos mais de 10 mil imóveis em Parnamirim. Cajupiranga, uma área
de granjas até o início da década passada, hoje tem mais de 4 mil
habitantes e o número de casas não para de crescer. Há dois anos, era
possível comprar uma casa de dois quartos, com subsídios do Minha Casa
Minha Vida por R$ 70 mil. Hoje, a cotação está em torno de 110 mil.
Um
outro fator para o aumento populacional na cidade foi a construção de
3.728 apartamentos do Minha Casa financiados com recursos do Programa de
Aceleração do Crescimento para famílias de baixa renda. Com isso, o
preço dos aluguéis caíram no município.
Brasil ganha mais de 1,5 milhão de habitantes
Rio
(AE) - O Brasil tem 1,5 milhão de residentes a mais do que em 2011. A
estimativa é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
publicada ontem no Diário Oficial. O órgão calcula que a população
brasileira tenha atingido 193.946.886 habitantes, 1.567.599 a mais do
que no ano passado. Um em cada cinco brasileiros vive no Estado de São
Paulo, o mais populoso - são 41,9 milhões de pessoas, o equivalente a
21,6% da população.
A cidade de São Paulo é a mais populosa, com
11,37 milhões de habitantes, seguida por Rio de Janeiro (6,39 milhões),
Salvador (2,71 milhões), Brasília (2,64 milhões) e Fortaleza (2,5
milhões). Entre os 15 municípios mais populosos do País, apenas dois não
são capitais - Guarulhos (1,24 milhão), e Campinas, com (1,09 milhão),
ambos em São Paulo.
O levantamento mostra que a pequena Borá, a
520 quilômetros da capital paulista, cresceu nos últimos anos - saiu de
795 moradores, em 2000, para 807, em 2012 - e não está mais isolada na
rabeira da lista dos municípios menos populosos. Divide o último lugar
com Serra da Saudade, na região central mineira, que perdeu habitantes.
Passou de 873 para 807, no mesmo período.
A estimativa do IBGE
aponta para o contínuo movimento migratório para o interior, para
municípios de médio porte, entre 100 mil e 500 mil habitantes. Isso fica
claro em municípios como Rio das Ostras, na Região dos Lagos, do Rio de
Janeiro, com economia impulsionada pela indústria do Petróleo, que
passou de 110.992 para 116.134 habitantes entre 2011 e 2012, aumento de
4,6%. Outro exemplo é Parauapebas (PA), onde a mineradora Vale tem
projetos, cuja população é de 166.342; 3,8% maior do que no ano passado
(160.229).
"A estimativa não aponta grandes mudanças, porque o
tempo é curto para perceber mudanças em termos de dinâmicas
populacional. O que vimos foi o crescimento maior nas cidades de porte
médio, e cidades pequenas, de até 10 mil habitantes, com crescimento
negativo", afirmou a pesquisadora Leila Ervatti, da Coordenação de
População e Indicadores Sociais (Copis/IBGE).
Entre os Estados,
depois de São Paulo, Minas Gerais é o mais populoso, com 19,85 milhões
de habitantes (10,23% da população), seguido de Rio de Janeiro 16, 23
milhões (8,36%). Roraima é o menos populoso, com 469,52 mil habitantes -
um pouco maior do que Santos (SP), que tem 419, 61 moradores.
Com
relação às grandes regiões, a mais populosa é a Sudeste, com 81,5
milhões de pessoas. Nesta região estão localizadas as duas maiores
cidades do País - São Paulo e Rio de Janeiro. Logo depois vem o Nordeste
com 53,9 milhões de habitantes, a sul com 27,7 milhões, a Norte com
16,3 milhões e o Centro Oeste com 14,4 milhões. Dos Estados do Nordeste,
a Bahia é a mais populosa (14,1 milhões), seguida por Pernambuco (8,9
milhões), Ceará (8,6 milhões) e Maranhão 6,7 milhões.
As
estimativas populacionais são fundamentais para o cálculo de indicadores
econômicos e sociodemográficos no período entre censos. É ainda um dos
parâmetros usados pelo Tribunal de Contas da União para a distribuição
do Fundo de Participação de Estados e Municípios.
Fonte:tribunadonorte.com.br