Neymar, estrela atual do santos e do futebol brasileiro, fará a sua primeira final na libertadores
A terceira geração de Meninos da Vila está cada vez mais perto de repetir o que só o time de Pelé havia conseguido: levar o Santos ao título da Copa Libertadores. Nesta quarta-feira, em Assunção, a equipe santista abriu o placar cedo, fez 3 a 1, sofreu o empate em 3 a 3, levou pressão, mas se classificou para a quarta decisão do torneio em sua história. Vai em busca do tri.
A vantagem conquistada com a vitória por 1 a 0 em São Paulo foi ampliada com o gol de Zé Eduardo, que não marcava há mais de dois meses. O Cerro precisava fazer três gols e até conseguiu. Antes, levou mais dois: um contra do próprio goleiro e outro de Neymar. No final, o time da casa pressionou, a torcida atirou pedras, mas não impediu a festa santista.
A equipe de Neymar e Ganso vai atrás de um título que não vem desde 1963, quando Pelé ainda tinha 23 anos. Neste período, disputou uma final, em 2003, perdendo na ocasião para o Boca Juniors em pleno Morumbi. Léo e Elano estavam presentes naquela campanha, quando Robinho, Diego e Ricardo Oliveira eram os astros.
O adversário do Santos na final, curiosamente, pode ser o mesmo do seu primeiro título da Libertadores: o Peñarol, derrotado na decisão de 1962. Para isso, o time do Uruguai precisa apenas de um empate contra o Vélez Sarsfield, nesta quinta, na Argentina. No jogo de ida, venceu por 1 a 0. Independente do adversário, o Santos decide em casa. O primeiro jogo da final é daqui a duas semanas. Edu Dracena, expulso nos acréscimos, vai desfalcar o time na partida de ida.
BARRETO AJUDA - Toda a pressão preparada pelo Cerro e por sua torcida não durou mais do que dois minutos no estádio Pablo Rojas. Na primeira vez que Neymar tocou na bola, foi derrubado por Pedro Benítez na esquerda da área. Elano cobrou no primeiro pau, Zé Eduardo se antecipou a Piris, Barreto não saiu do gol e facilitou para que o atacante santista desviasse de cabeça e encerrasse seu longo jejum de gols.
Oito minutos depois, o Cerro, precisando de três gols, já mudava. Ivan Torres saiu para Iturbe, o "Messi paraguaio", fazer a alegria da torcida. Mas de nada adiantava melhorar o time na frente se a zaga continuava falhando. Aos 27, Edu Dracena deu um chutão do campo de defesa e Neymar tentou disputar a bola contra dois zagueiros. Benítez cabeceou para trás, Barreto tentou sair de soco, ''caçou borboleta'' e levou um gol bizarro, indigno de uma semifinal de Libertadores. Gol contra do goleiro.
Mais disposto a jogar, até porque precisa de quatro gols, o Cerro foi ao ataque e descontou aos 31. Iturbe cruzou da esquerda, a zaga do Santos ficou olhando e César Benítez fez de cabeça. Cinco minutos depois, Rafael salvou o que seria o gol de empate, de Bareiro.
O Santos, bem ao estilo de Muricy, sabia bem o que fazia em campo. E ainda contava com todo o talento de Neymar, um jogador pronto para resolver. Já nos acréscimos, Arouca puxou contra-ataque, Zé Eduardo se movimentou da direita para o meio e puxou a marcação dos três homens de defesa do Cerro. Abriu espaço para Neymar receber pela esquerda, cortar para dentro, bater firme e fazer o terceiro do Santos.
CERRO NA PRESSÃO - Bem fechado na defesa, o Santos foi segurando o Cerro da forma que dava. Aos 15 minutos, Lucero aproveitou rebote na área, dominou no peito e bateu forte, sem chances para Rafael, fazendo 3 a 2.
Depois, Muricy ainda trocou Zé Eduardo por Maikon Leite e Elano por Possebom, reforçando a marcação e dando mais opção de contra-ataque. Não mudou o panorama do jogo. Rafael salvou duas vezes em lances seguidos de Cáceres na área. Aos 35, nada pôde fazer em uma linda jogada de Iturbe que acabou com um lindo chute no ângulo do goleiro, que só olhou.
Com o jogo empatado voltou a pressão não apenas no campo, mas também da torcida. Muricy Ramalho foi atingido na testa por uma pedra lançada das arquibancadas. Demorou um pouco para se levantar mas seguiu comandando a equipe na beira do gramado. Na sequência, o Santos descontou com uma bola na trave em uma cobrança de falta de Neymar.
Nos acréscimos, o Cerro foi em peso para o ataque, balançou o travessão em um chute de Iturbe, mas não impediu a classificação santista. Com um cartão aos 45 e outro aos 49, Edu Dracena ainda foi expulso.
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