quarta-feira, 1 de junho de 2011

Sítios arqueológicos são atração na Serra da Capivara, no interior do Piauí




São Raimundo Nonato fica no sul do Piauí, a 520 quilômetros da capital Teresina. O município é a porta de entrada do Parque Nacional da Serra da Capivara, onde os pesquisadores descobriram uma das maiores concentrações de sítios arqueológicos do mundo. São 1.300 sítios arqueológicos catalogados. são os vestígios mais antigos do povoamento das Américas.

“Aqui nós trabalhamos desde 1973. Foi muita pesquisa e nós temos as provas da presença do homem aqui há cem mil anos atrás", Niede Guidon, arqueóloga.

Ainda fora do parque, logo na chegada a Raimundo Nonato, fica o Museu do Homem Americano, que guarda os objetos encontrados na região ao longo de 38 anos de pesquisa. A entrada custa três reais.

Nele, o turista pode se colocar no lugar do arqueólogo, participando das escavações na Serra da Capivara. Com o auxílio de um pincel, ele pode tocar na tela e entre as imagens vão surgindo objetos que são encontrados no parque. “É muito interessante, porque a gente se sente integrado com o ambiente. Como se você estivesse na serra. Você se sente escavando", diz Rafaela Fonseca, estudante.

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Os esqueletos humanos e as urnas funerárias descobertas pelos arqueólogos na região, revelam o ritual do enterro entre os povos primitivos. "A gente tem urnas funerárias com esqueletos de índio, inclusive uma bastante interessante que é uma criança que foi enterrada com arco e com a flecha", diz Gizele felice - arqueóloga

O parque da Serra da Canastra tem 130 mil metros quadrados e abrange onze municípios. Não é póssível seguir em frente sem guia. A trilha é cortada por canyons gigantescos e morros que parecem de mármore cinza e negro. O turista paga dez reais na entrada. O primeiro cenário é a pedra furada, um buraco bem no meio da rocha. "É impressionante ver que isso foi feito em milhões de anos, pela força da natureza”, diz Mariana Nogueira, estudante.

Em mais de 500 sítios há pinturas rupestres. "Normalmente olham para um pré-histórico como um ser que não sabe fazer nada, sem ser lascar pedras. E quando nós vemos essas obras percebemos que são artistas", comenta Janine Sousa, pesquisadora.

É quase impossível conhecer todos os sítios de uma vez. Quem quiser esticar o passeio vai encontrar pequenas pousadas no entorno do parque, com diárias que custam em média setenta reais. A comida é típica do Nordeste: macaxeira, carne de sol, biju de tapioca acompanhada de salada tropical.

Durante a noite a aventura continua. São mais de cem refletores que garantem a iluminação do parque e a visitação do público. "É uma viagem de descobertas, de conhecimento", diz André Pessoa, fotógrafo.

Fonte:g1.globo.com

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