Os professores da rede estadual e municipal de ensino resolveram unificar o indicativo de greve para o próximo dia 14. A decisão foi tomada na manhã de ontem em assembleia depois de acalorada discussão entre quase dois mil professores que se reuniam na sede do clube Assem, em Natal. De um lado, aqueles que queriam iniciar a greve já na segunda-feira, 5, como estava prevista a data da rede municipal. Do outro, os que preferiam deflagrar a greve simultaneamente com a paralisação nacional, que ocorre dos dias 14 a 16 de março, estratégia que daria mais força ao movimento local. Por uma margem apertada de votos, venceu o segundo grupo.
Adriano Abreu
Assembeia da categoria adiou greve do município que iniciaria nesta segunda-feira. Eles se unem ao movimento nacionalDe acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (SINTE/RN), a greve, nesse momento, serviria apenas para mascarar os problemas estruturais das escolas e desviar a atenção da luta que a classe vem travando por melhores remunerações e condições de trabalho. Antes da votação, representantes das escolas e Centros de Educação Infantil vieram ao palanque para listar a situação em suas escolas: falta de merenda, atraso nos salários, equipamentos quebrados, bebedouros inutilizados e reformas inacabadas. A lista era imensa. A cada três minutos, um novo professor tinha a oportunidade de falar.
Na vez em que a proposta de reajuste do secretário da Educação de Natal foi citada, um intensa vaia invadiu o auditório. O aumento de 10% é considerado insuficiente pela maioria da classe, que espera 22% de acréscimo. Walter Fonseca, no entanto, mantém a posição da Prefeitura e ameaça iniciar o processo de judicialização da greve caso a paralisação siga adiante.
Enquanto a decisão não sai, os professores prometeram realizar passeatas próximo às escolas que apresentam as piores condições. A intenção é chamar a atenção da sociedade. "Queremos que os pais estejam do nosso lado. Nossa intenção é construir juntamente com eles um educação de qualidade", declarou o coordenador-geral do SINTE, José Teixeira. Um ofício com as revindicações debatidas na assembleia foi enviado às secretarias de educação. A comissão do SINTE espera que, em breve, uma nova oportunidade de diálogo seja dada aos profissionais da classe. Se a greve em Natal for deflagrada, mais de 4 mil professores cruzarão os braços.
Entre os dias 14 e 16 de março de 2012, as escolas públicas de nível básico em todo Brasil paralisarão as atividades para protestar contra situação da Educação no país. Na carta aberta à sociedade divulgada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (NCTE), as exigências vão desde a separação de 10% do PIB para a área passando pela necessidade de vinculação do piso nacional à carreira de magistério. Em âmbito nacional, a greve marcará o início da jornada de luta dos trabalhadores por educação pública.
Acumulado de reajuste chega a 63,77% na rede estadual
A secretária estadual de Educação, Betânia Ramalho, disse ontem que o momento não é de embate com professores sobre reajustes salariais ou pagamento do piso nacional. "O Governo já garantiu o pagamento do piso para toda categoria. Aliás, nos últimos seis meses, já concedemos reajuste salarial acumulado de 63,77% aos professores, um percentual dificilmente já concedido por outras administrações em tão curto espaço de tempo", analisou.
Os reajustes descritos por Betânia Ramalho são referentes aos percentuais concedidos de setembro a dezembro do ano passado que, segundo ela, somaram 34%. "Além desse, a governadora Rosalba Ciarlini já garantiu o reajuste de 22,22% referente ao piso nacional. Ou seja, agora em março, o salário do professor da rede estadual será 63,77% maior que em agosto do ano passado", destacou.
A secretária estadual disse que conta com a sensibilidade dos professores da rede estadual de ensino para evitar a greve nesse momento em que - depois de muitos anos - o governo estadual sinaliza com valorização real da carreira do magistério. "É importante que a comunidade escolar tome conhecimento do esforço que estamos fazendo para realmente priorizar a educação pública no Rio Grande do Norte. E esse esforço, que começou com a valorização dos professores, está continuando com a garantia de transporte escolar, com a recuperação da estrutura física das escolas... são ações concretas que já estão em andamento", comentou. Quanto ao transporte escolar, Betânia Ramalho adiantou que 26 novos ônibus escolares já estão oferecendo o serviço aos alunos de Natal, e que na próxima semana, os veículos destinados ao interior serão entregues.
Na vez em que a proposta de reajuste do secretário da Educação de Natal foi citada, um intensa vaia invadiu o auditório. O aumento de 10% é considerado insuficiente pela maioria da classe, que espera 22% de acréscimo. Walter Fonseca, no entanto, mantém a posição da Prefeitura e ameaça iniciar o processo de judicialização da greve caso a paralisação siga adiante.
Enquanto a decisão não sai, os professores prometeram realizar passeatas próximo às escolas que apresentam as piores condições. A intenção é chamar a atenção da sociedade. "Queremos que os pais estejam do nosso lado. Nossa intenção é construir juntamente com eles um educação de qualidade", declarou o coordenador-geral do SINTE, José Teixeira. Um ofício com as revindicações debatidas na assembleia foi enviado às secretarias de educação. A comissão do SINTE espera que, em breve, uma nova oportunidade de diálogo seja dada aos profissionais da classe. Se a greve em Natal for deflagrada, mais de 4 mil professores cruzarão os braços.
Entre os dias 14 e 16 de março de 2012, as escolas públicas de nível básico em todo Brasil paralisarão as atividades para protestar contra situação da Educação no país. Na carta aberta à sociedade divulgada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (NCTE), as exigências vão desde a separação de 10% do PIB para a área passando pela necessidade de vinculação do piso nacional à carreira de magistério. Em âmbito nacional, a greve marcará o início da jornada de luta dos trabalhadores por educação pública.
Acumulado de reajuste chega a 63,77% na rede estadual
A secretária estadual de Educação, Betânia Ramalho, disse ontem que o momento não é de embate com professores sobre reajustes salariais ou pagamento do piso nacional. "O Governo já garantiu o pagamento do piso para toda categoria. Aliás, nos últimos seis meses, já concedemos reajuste salarial acumulado de 63,77% aos professores, um percentual dificilmente já concedido por outras administrações em tão curto espaço de tempo", analisou.
Os reajustes descritos por Betânia Ramalho são referentes aos percentuais concedidos de setembro a dezembro do ano passado que, segundo ela, somaram 34%. "Além desse, a governadora Rosalba Ciarlini já garantiu o reajuste de 22,22% referente ao piso nacional. Ou seja, agora em março, o salário do professor da rede estadual será 63,77% maior que em agosto do ano passado", destacou.
A secretária estadual disse que conta com a sensibilidade dos professores da rede estadual de ensino para evitar a greve nesse momento em que - depois de muitos anos - o governo estadual sinaliza com valorização real da carreira do magistério. "É importante que a comunidade escolar tome conhecimento do esforço que estamos fazendo para realmente priorizar a educação pública no Rio Grande do Norte. E esse esforço, que começou com a valorização dos professores, está continuando com a garantia de transporte escolar, com a recuperação da estrutura física das escolas... são ações concretas que já estão em andamento", comentou. Quanto ao transporte escolar, Betânia Ramalho adiantou que 26 novos ônibus escolares já estão oferecendo o serviço aos alunos de Natal, e que na próxima semana, os veículos destinados ao interior serão entregues.
Fonte:tribunadonorte.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário