sábado, 25 de agosto de 2012

ANALOGIA AOS POLÍTICOS BRASILEIROS


Esta analogia foi feita para os políticos brasileiros que se comportam de forma incorreta diante daqueles que os elegeram. Não generalizo, ou seja, para aqueles que não se deixam corromper vai minha admiração e todo meu respeito. 


É no fragor da campanha                
Que o candidato abre o peito
E grita, “Se eu for eleito,
Meu povo, vocês que ganha”
Mas quando o cargo ele ganha
Começa a sua corrida
E as promessas prometida
Ele fala “Eu nunca fiz”
Votou em mim porque quis
Vou é viver minha vida.

Pretendo negociar
Todos acordos escusos
Eu quero é fazer bom uso
Da parte que me tocar
Eu não vou desperdiçar
A minha oportunidade
O povo desta cidade
Tem que ter compreensão
Eu não tenho obrigação
De salvar a humanidade.

Em político, honestidade
É chamada de burrice
Eu não sei quem foi que disse
Mas parece que é verdade
Olha, com sinceridade
Não sei se é digno de nota
Sem essa de patriota
Pois se hoje eu fui eleito
E não tirar todo proveito
Vão me chamar de idiota.
  
O tempo passa depressa
E já houve esquecimento
E vai chegar o momento
De fazer novas promessas
Desculpas feitas às pressas
Mostrando aonde houve falha
Tem leis que nos atrapalha
E só um período eleito
Não deu pra fazer direito
Na próxima a gente trabalha.

E se alguém pergunta ao povo
Como é que o povo se sente
O povo deixa com a gente
Consigo enganar de novo
Basta só lhe dá um ovo
Ser bem gentil e cortês
Gritar “eu amo vocês”
Sorrir e contar lorota
E o povão que é idiota
Elege a gente outra vez.

Até porque gente pobre
Nem mesmo sabe pedir
Nem saberia decidir
Se ele pegasse o cobre
Então deixe que lhe sobre
Aflição e desespero
Para estes companheiro
Faremos um trato de home
Eles ficam com a fome
E a gente com o dinheiro.
 
Observem meus senhores
Quanta falta de respeito
Começa com os prefeito
E passa pros vereadores
Deputados, senadores,
Governadores também
Não dá pra livrar ninguém
E quem esta hora é critica
Quando entrar na política
É pensando em se dá bem.

E ainda pra completar
Eles em comunidade
Criaram a imunidade
Que chama-se parlamentar
Político pode roubar
Ser um cabra de mão cheia
Devassar a vida alheia
Nunca serão castigado
Morre velho, aposentado
E nunca vai pra cadeia.

Pra o povo ele faz promessa
É um Judas Escariota
O pobre que é idiota
Foi levado na conversa
Diz ele, “ainda mais essa”
Não prometi nada a alguém
Emprego você não tem
Vá procurar outro jeito
Eu me elegi prefeito
Não foi pra salvar ninguém.

O povo é enganado
Cada dia mais traído
Fica meio desiludido
Cabisbaixo e envergonhado
Pelos outros é humilhado
Descuido cadê você
Aonde está o poder
Do seu candidato eleito
Por que foi que seu prefeito
Não pôde lhe defender.

Terminada a eleição
Os votos todos contado
Foi ótimo o resultado
Reelegemos o cidadão
Pensando em me dá a mão
Qual nada, foi ao contrário
Pois ele tirou-me o salário
De um contrato que me deu
Foi em compromisso seu
Que fez com um adversário.

Os políticos passam um ano
Reunidos em plenário
Pra decidir o salário
Do coitado do fulano
Depois de mais de mil plano
Eles dizem finalmente
Para que toda essa gente
Não morre de uma vês
Pouquinhos reais por mês
É mais que suficiente.

Um vereador reclamava
Que porcaria de aumento
Só me deram cem por cento
Não foi o que eu esperava
Outro também lamentava
Em um profundo desengano
Mudaram todos meus planos
Esta foi pra machucar
Como é que vou trocar
Meu carro no fim do ano?

Eu trabalho como um louco
Ao mês tem quatro sessões
Ir a estas reuniões
É melhor levar um soco
Pois o salário é tão pouco
Que a gente fica frustrado
Olhe que ano passado
Para poder passear
Tive que me contentar
Com um carro semi-usado.

Vamos criar novas leis
Dando-nos maiores poder
Pobre não tem que saber
Quanto vai ganhar por mês
Olha, eu digo pra vocês
E tentem me compreender
Não é por desmerecer
A estes compatriota
Pobre, só serve os que vota
E os outros podem morrer.

Cidade que a gente mora
E qualquer serviço tenta
Na prefeitura não entra
E se tentar, botam pra fora
Precisa haver sem demora
Alguém que mude essa imagem
Promover uma lavagem
Depois não pedir arrego
E tira fora do emprego
A turma da sacanagem.

Imagine que um prefeito
Ganha dez mil reais por mês
Olha eu digo pra vocês
Ainda fica insatisfeito
E ainda assim tem direito
De ser livre da despesa
Até o pão de sua mesa
Quem paga é a população
E não quer ter obrigação
De ajudar a pobreza.

Eu acho uma safadeza
Por isto o poeta é crítico
Grande parte dos políticos
Sugando os recursos d pobreza
E o que me dá mais tristeza
O governo da nação
Para os pobres dá atenção
Mas seus direitos são negados
Os valores são desviados
Por mãos de espertalhão.

Mas para que reclamar
Se está indo tudo bem
Se eu fosse eleito também
E me deixasse levar
Pelo prazer de roubar
Apenas seria igual
A quase o número total
Desses senhores astutos
E se gritar, “peguem os corruptos”
A debandada é geral.

Peço desculpas aos senhores
Se eu não agi direito
Não agradei aos prefeitos
E câmara de vereadores
Deputados, senadores
Todos de um modo geral
Mas muito em especial
Aos de Santana do Matos
Que trata e cumpre o trato
Desgostando o pessoal.


Autor: Francisco Marimbondo da Trindade (Gôga)

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