quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Senado aprova cota social de 50% nas universidades federais do país

O projeto reserva metade das vagas para candidatos que estudaram em escolas públicas. A distribuição dessas cotas vai depender da renda dos candidatos e de critérios raciais.

Giovana Teles Brasília
O Senado aprovou o projeto que reserva metade das vagas em universidades federais para candidatos que fizeram todo o ensino médio em escolas públicas. Pela proposta, a distribuição dessas cotas vai depender da renda dos candidatos e de critérios raciais.
O projeto aprovado na terça-feira (7) divide opiniões. “Eu acredito que você vai dar mais acessibilidade para algumas pessoas que não teriam condição de pagar uma universidade particular”, defende o estudante Carlos Vinícius Mendes. Já o estudante Danilo Souza é contra: “Acho que não precisa de cota. Acho que é sentar na cadeira e estudar”.

O tema é tão polêmico que levou 13 anos para ser aprovado no Congresso. O texto determina que dentro das vagas destinadas aos alunos de colégios públicos, 50% seja para alunos com renda familiar máxima de um salário mínimo e meio por pessoa. As vagas das cotas também devem ser preenchidas pelos estudantes que se declararem negros, pardos e índios na mesma proporção da população. Isso vai ser calculado em cada estado, de acordo com o censo do IBGE.
Para o senador Pedro Taques, o sistema vai corrigir distorções. “Nós não podemos perder mais uma geração de brasileiros em razão da falta de oportunidade para que o cidadão possa entrar em uma faculdade em razão da cor da sua pele e de sua condição social”, defende.
Já o senador Aloysio Nunes Ferreira votou contra. “Vai impor uma camisa de força a todas as universidades federais brasileiras e vai obrigar todas a entrar em um único molde, que destina 50% das vagas das universidades com outros critérios de classificação, que não o mérito acadêmico”, afirma.
As mesmas regras valem também para as escolas federais de ensino técnico, de nível médio. Todas as instituições vão ter quatro anos para implantar as cotas de forma integral. O projeto já havia passado pela Câmara e agora precisa da assinatura da presidente Dilma Rousseff para virar lei.

Fonte:g1.globo.com

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