O projeto reserva metade das vagas para candidatos que estudaram em escolas públicas. A distribuição dessas cotas vai depender da renda dos candidatos e de critérios raciais.
O Senado aprovou o projeto que reserva metade das vagas em
universidades federais para candidatos que fizeram todo o ensino médio
em escolas públicas. Pela proposta, a distribuição dessas cotas vai
depender da renda dos candidatos e de critérios raciais.
O projeto aprovado na terça-feira (7) divide opiniões. “Eu acredito que
você vai dar mais acessibilidade para algumas pessoas que não teriam
condição de pagar uma universidade particular”, defende o estudante
Carlos Vinícius Mendes. Já o estudante Danilo Souza é contra: “Acho que
não precisa de cota. Acho que é sentar na cadeira e estudar”.
O tema é tão polêmico que levou 13 anos para ser aprovado no Congresso.
O texto determina que dentro das vagas destinadas aos alunos de
colégios públicos, 50% seja para alunos com renda familiar máxima de um
salário mínimo e meio por pessoa. As vagas das cotas também devem ser
preenchidas pelos estudantes que se declararem negros, pardos e índios
na mesma proporção da população. Isso vai ser calculado em cada estado,
de acordo com o censo do IBGE.
Para o senador Pedro Taques, o sistema vai corrigir distorções. “Nós
não podemos perder mais uma geração de brasileiros em razão da falta de
oportunidade para que o cidadão possa entrar em uma faculdade em razão
da cor da sua pele e de sua condição social”, defende.
Já o senador Aloysio Nunes Ferreira votou contra. “Vai impor uma camisa
de força a todas as universidades federais brasileiras e vai obrigar
todas a entrar em um único molde, que destina 50% das vagas das
universidades com outros critérios de classificação, que não o mérito
acadêmico”, afirma.
As mesmas regras valem também para as escolas federais de ensino
técnico, de nível médio. Todas as instituições vão ter quatro anos para
implantar as cotas de forma integral. O projeto já havia passado pela
Câmara e agora precisa da assinatura da presidente Dilma Rousseff para
virar lei.
Fonte:g1.globo.com
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