Em 36 anos de existência, Escola Estadual
João Tomás Neto, lanterninha do Ideb, nunca teve professor de matemática
A Escola Estadual João Tomás Neto, do município de Lagoa de Pedras,
classificada pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB)
como a pior escola do país, apesar de ter 36 anos de existência, nunca
teve professor de matemática em seu quadro funcional e, até ano passado,
tinha uma carência de onze professores. Em todo esse tempo, a escola
vem fazendo paliativos com estagiários e, em anos anteriores,
professores de disciplinas correlatas e de pedagogia assumiam a cadeira
de matemática. O déficit de professores é apenas um dos grandes
problemas que contribuem significativamente para a escola ostentar ainda
altos índices de reprovação e evasão escolar. Ano passado, nas séries
do 5º ao 9º ano, reprovou 29,2% dos seus 500 alunos, o pior registro dos
últimos anos. Nesse mesmo período, a evasão chegou a 9,9% que, somados
ao índice de transferência de 7,97%, mostram que quase 18% dos alunos
deixaram a escola.
Os dados foram fornecidos pela diretora da Escola João Tomas Neto, Rosineide Sena, que assumiu o cargo este ano e já se deparou com essa situação. Para ela, os índices apresentados pelo IDEB apenas mostram ao país o descaso com que a educação vem sendo tratada pelos governantes estaduais, ano após ano, que não estimulam os professores a irem a trabalharem no interior do estado. "É inadmissível que crianças e adolescentes terminem o ensino fundamental sem nunca ter conhecido um professor de matemática, a escola tem feito verdadeiros arranjos para cobrir essa deficiência. Isso implica não somente na avaliação do IDEB, mas sobretudo na vida escolar do aluno que pode ter comprometido seu futuro profissional", disse ela.
Outros problemas relatados pela diretora é a falta de um coordenador pedagógico e um planejamento direcionado para a Prova Brasil. O descaso com a escola era tão grande que dez computadores do Laboratório de informática, adquiridos em 2007, apesar de estarem devidamente instalados, só foram ativados este ano. A demora comprometeu várias peças das máquinas. Como fator positivo, Rosineide Sena relata que a escola vai começar a trabalhar por área de conhecimento e foi contemplada, este ano, com professores de outras disciplinas aprovados no último concurso da Secretaria Estadual de Educação, o que amenizou a situação.
"Chegaram dois professores de ciências biológicas, um de química, outro de língua portuguesa e estão vindo mais um de português e outro de geografia. Mas o problema com matemática ainda persiste, a escola tem deficiência de três professores da disciplina e mais três de educação física e, ainda de um espaço para a prática de esporte", disse a diretora, completando que antes de se culpar uma gestão é preciso destinar um olhar mais aguçado para os problemas da escola.
Os dados foram fornecidos pela diretora da Escola João Tomas Neto, Rosineide Sena, que assumiu o cargo este ano e já se deparou com essa situação. Para ela, os índices apresentados pelo IDEB apenas mostram ao país o descaso com que a educação vem sendo tratada pelos governantes estaduais, ano após ano, que não estimulam os professores a irem a trabalharem no interior do estado. "É inadmissível que crianças e adolescentes terminem o ensino fundamental sem nunca ter conhecido um professor de matemática, a escola tem feito verdadeiros arranjos para cobrir essa deficiência. Isso implica não somente na avaliação do IDEB, mas sobretudo na vida escolar do aluno que pode ter comprometido seu futuro profissional", disse ela.
Outros problemas relatados pela diretora é a falta de um coordenador pedagógico e um planejamento direcionado para a Prova Brasil. O descaso com a escola era tão grande que dez computadores do Laboratório de informática, adquiridos em 2007, apesar de estarem devidamente instalados, só foram ativados este ano. A demora comprometeu várias peças das máquinas. Como fator positivo, Rosineide Sena relata que a escola vai começar a trabalhar por área de conhecimento e foi contemplada, este ano, com professores de outras disciplinas aprovados no último concurso da Secretaria Estadual de Educação, o que amenizou a situação.
"Chegaram dois professores de ciências biológicas, um de química, outro de língua portuguesa e estão vindo mais um de português e outro de geografia. Mas o problema com matemática ainda persiste, a escola tem deficiência de três professores da disciplina e mais três de educação física e, ainda de um espaço para a prática de esporte", disse a diretora, completando que antes de se culpar uma gestão é preciso destinar um olhar mais aguçado para os problemas da escola.
Fonte:diariodenatal.com.br
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