quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Gigantes da cultura popular



Guaraci Gabriel inicia instalação de cinco obras em Natal, com 10 metros de altura, em homenagem ao folclore potiguar
 
Por Sérgio Vilar
sergiovilar.rn@dabr.com.br

Uma nova paisagem artística já foi vista hoje por alguns natalenses. Três instalações de dez metros de altura foram montadas nas proximidades do viaduto do quarto centenário, entre a governadoria e o futuro complexo Arena das Dunas. As obras confeccionadas pelo artista plástico Guaraci Gabriel serão permanentes e farão parte do cotidiano urbano e estético de Natal. Mais duas instalações serão montadas no sábado. E outras cinco estão previstas ainda para este ano.

Primeiras obras estão erguidas entre o Centro Administrativo e a futura Arena das Dunas, com destaque para o mestre Manoel Marinheiro. Próximo ao viaduto de Ponta Negra, um casal comvestes da Araruna poderá ser apreciado a partir de sábado. Foto: Carlos Santos/DN/D.A.Press


As instalações são feitas de ferro e aço inoxidável. As três primeiras já montadas ontem, no Dia do Folclore, retratam a brincadeira do Boi Bumbá: o boi, o jaraguá - uma das figuras mais fantásticas do folguedo - e o mestre Manoel Marinheiro no comando do evento. E neste sábado o natalense ou turista encontrará na entrada da cidade, próximo ao viaduto de Ponta Negra, a instalação de um casal dançando com vestes da Araruna. É o folclorista Deífilo Gurgel e sua mulher, Zoraide.

A Araruna é a única dança folclórica genuinamente potiguar. Foi criada pelo mestre Cornélio Campina em 1956 sob o pomposo nome de Sociedade Araruna de Danças Antigas e Semidesaparecidas. Mestre Cornélio faleceu em agosto de 2008, prestes a completar 100 anos. E pouco se viu de continuidade das atividades do grupo desde então. Deífilo Gurgel foi um estudioso deste folguedo e até aparece em alguns videodocumentários sobre o Araruna.

Seis anos
Guaraci Gabriel esperou seis anos para montar essas instalações. O preço do material e o processo de montagem dependiam de patrocínio. O governo do estado - com o aval da Fundação José Augusto - financiou tudo em parceria com duas empresas: a Patrício Metais e a Laminort. Foram R$ 120 mil investidos nas cinco instalações. Agora, Guaraci depende de mais dinheiro para concluir as outras cinco, já pré elaboradas.

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