segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Dissídio dos Correios será julgado nesta terça-feira

O ministro Maurício Godinho Delgado foi o relator sorteado para analisar o dissídio coletivo instaurado pela ECT no Tribunal Superior do Trabalho.

Por Gerlane Lima


Será julgado nesta terça-feira (11), o dissídio coletivo instaurado pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) no Tribunal Superior do Trabalho. O ministro Maurício Godinho Delgado foi o relator sorteado para analisar o processo relativo ao dissídio dos funcionários.

Os Correios estão em greve há 27 dias. Na audiência de instrução, realizada na última sexta-feira (07), a ECT e a Federação Nacional dos Trabalhadores em empresas de Correios e Telégrafos e Similares (FENTECT) não chegaram a um acordo.
A FENTECT não aceitou a proposta do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de reajuste de 6,87%, abono imediato de R$ 800,00 e aumento linear de R$ 60 a partir de janeiro de 2012.

Mas o principal impasse é o desconto ou não dos dias parados. A ECT já descontou seis dias na última folha de pagamento. A proposta do presidente do TST nesse ponto foi a mesma formulada pela vice-presidente, ministra Cristina Peduzzi, na terça-feira (4), devolução imediata dos valores descontados em folha suplementar, e posterior desconto em doze meses a partir de janeiro de 2012, ou seja, meio dia por mês. Os demais dias seriam compensados com trabalho aos fins de semana para o atendimento da demanda represada durante a paralisação.

Desde a semana passada, o ministro Dalazen determinou à FENTECT que mantenha em atividade o contingente mínimo de 40% dos empregados em cada unidade operacional da empresa durante o movimento grevista, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. Foi solicitada ao Ministério Público a verificação do cumprimento dessa demanda de trabalhadores. Segundo a empresa, a adesão à greve é inferior a 40%, mas varia conforme a unidade. Há setores praticamente parados, enquanto outros funcionam normalmente.

Mutirões

Em algumas agências do país, a empresa convocou funcionários de outros setores para fazer o trabalho dos carteiros e fazer mutirões nos fins de semana para tentar minimizar o atraso das correspondências e encomendas. O acúmulo já é de 170 milhões de correspondências.

Quem trabalha no mutirão recebe horas extras ou dias de folga. No domingo, o pagamento é de 200% de horas extras ou dois dias de folga. O sábado representa um dia de descanso ou um incremento de 15% no salário total no fim do mês (para quatro sábados trabalhados).

Segundo os Correios cerca de 39 mil empregados, trabalharam nos quatro mutirões promovidos pela empresa.

Fonte:tribunadonorte.com.br

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