O baixo desempenho dos estudantes brasileiros nos índices educacionais, nacional e internacional, pode ser resultado do pouco tempo que eles passam em sala de aula. O Ministério da Educação (MEC) realizou um levantamento e observou que as crianças e adolescentes do país, num comparativo com os alunos de outros países do mundo, passam pouco tempo em sala de aula. Devido a esta realidade, o MEC estuda a possibilidade de aumentar o número de dias letivos das escolas brasileiras, passando de 200 para 220, ou de ampliar o total de horas de aulas por dia.
Mas o que fazer quando as escolas dos nossos filhos só oferecem um turno escolar? A reposta é simples: buscar as atividades extracurriculares pedagógicas. Elas são capazes de estimular o desenvolvimento intelectual dos seus filhos e torná-los crianças mais curiosas. Isso porque, quanto mais tempo em contato com as disciplinas, maior a absorção do conteúdo e melhores serão os resultados de aprendizado hoje e no futuro.
Levantamento realizado pela Sociedade para Pesquisa do Desenvolvimento da Criança, nos Estados Unidos, revelou que 40% das crianças e adolescentes, com idade entre cinco e 18 anos, não realizavam nenhuma atividade fora do âmbito escolar. Do total, apenas cerca de 6% gastavam 20 horas por semana em cursos e aulas antes ou depois do horário escolar. Estes foram os que apresentaram melhor preparo educacional e psicológico.
Com a proposta de oferecer esse estimulo, será inaugurada em outubro, na capital potiguar, a franquia internacional do método FasTracKids, que tem se tornado referência mundial quando o assunto é desenvolvimento cognitivo em crianças. "Trabalhamos tanto os conceitos intelectuais, como também de desenvolvimento social entre as crianças. Tratamos em sala assuntos relevantes para o dia a dia das crianças, como criatividade, oratória, teatro, artes, e comunicação. Abordamos também temas como biologia, economia, astronomia, planeta terra, matemática e literatura. Para facilitar o aprendizado, realizamos sempre experimentos científicos em sala", contou a diretora Karina Cavalcante, que já realiza na sede de Natal aulas para a turma denominada "Pioneiros".
O FasTracKids foi desenvolvido nos Estados Unidos e hoje já está presente nas principais cidades do mundo. Os programas criados por ele são direcionados para crianças com idade entre dois e oitos anos, período no qual os neurônios estão se conectando. Aos oito anos de idade, 80% da capacidade de aprendizado do cérebro já está conectada. Por isso, o investimento no desenvolvimento intelectual deve ser intensificado nesta fase da vida.
"A hereditariedade determina entre 30% e 60% das conexões neurais, enquanto que o ambiente em que a criança convive determina entre 40% e 70% das conexões neurais. Muitos pais acreditam que o correto é investir na educação quando os filhos já são grandes, mas o certo é estimular desde cedo o potencial da criança. Se hoje a criança aprende mais, ela será lá na frente um estudante ainda mais preparado. O que é investido hoje durante esta fase do desenvolvimento infantil, se torna fruto no futuro.", contou Karina.
Educação recupera escolas em Caicó
A Secretaria Estadual da Educação está concluindo a reforma e ampliação de três escolas da rede em Caicó, por meio do Programa Brasil Profissionalizado. O custo das obras soma mais de três milhões de reais. Outras duas escolas passaram por melhorias realizadas com recursos próprios e por meio de parcerias. As Escolas Estaduais Centro Educacional José Augusto (Ceja), Calpúrnia Caldas de Amorim e o Centro Educacional de Jovens e Adultos Sen. Guerra foram reformadas e ampliadas. O projeto faz parte do Plano Estadual de Educação, que pretende melhorar a qualidade da educação com foco na sala de aula e no aluno.
Além da reforma e ampliação, as unidades foram adaptadas aos cursos de educação profissionalizante. O Plano também prevê a implantação da modalidade, ensino profissional, em dez centros que estão em construção, e em mais de 50 escolas da rede estadual nas diversas regiões do Estado.
O Ceja tem mais de 900 alunos matriculados no ensino fundamental e médio. Há vinte anos, o prédio não passava por uma reforma geral. O valor da obra foi de um milhão e seiscentos mil reais. De acordo com o diretor da escola, Roberto Sérgio Fernandes, a unidade já perdeu muitos alunos, ao longo dos anos, por não oferecer uma boa estrutura física. O Centro Educacional Sen. Guerra também se encontrava em péssimas condições: fiação exposta, quadros de giz danificados, banheiros sem condições de uso, paredes com infiltrações, salas de aula sem conforto, entre outros problemas. A escola foi totalmente recuperada em uma obra que custou mais de 458 mil reais e também incluiu a construção do saneamento, ligado a rede da cidade, que não havia no prédio.
Fonte:tribunadonorte.com.br
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