terça-feira, 12 de julho de 2011

RN tem 400 funcionários que recebem salários acima do teto fixado pelo governo federal. Um desses servidores recebe mensalmente 63 mil reais

Uma auditoria, na folha de pagamento do estado, identificou mais de 400 funcionários que ganham acima do teto fixado pelo governo federal. O maior salário do estado é pago a um auditor fiscal aposentado: quase 63 mil reais por mês.

O contracheque é de um servidor de nível técnico. O salário base é R$ 912,00, mas ele ganha R$ 21.905, por mês. Quase o dobro dos R$ 12.500, que a governadora do estado, Rosalba Ciarlini, recebe. A fórmula dessa multiplicação de vencimentos é resultado de duas gratificações, de plantões eventuais, de um mandado de incorporação judicial, além de R$ 6.995 de vantagem pessoal.

Um outro contracheque pertence a um auxiliar de serviços diversos. O pagamento das horas extras aparece 3 vezes e com valores diferentes, a soma passa de 8 mil reais. Isso é apenas uma parte do salário que passa de 21 mil reais.

Já a secretaria de tributação tem um auditor fiscal aposentado que recebeu duas gratificações duas vezes. Uma de R$ 6.180 por tempo de serviço. A outra de R$ 19.468 de prêmio por produtividade. Esse servidor tem o maior salário do estado. Quase R$ 63.000.

A auditoria começou em janeiro e deve ser concluída em 60 dias. Mas já foram verificadas distorções no pagamento de 448 funcionários. São rendimentos que ultrapassam o teto fixado pelo governo federal. Que corresponde aos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal, de R$ 26.700, por mês.

O Rio Grande Norte gastou, em um ano, R$ 4. 242.118.541 (4 bilhões, duzentos e quarenta e dois milhões, cento e dezoito mil, 541 reais) por ano com o pagamento de funcionários e aposentados. Isso representa 74 % da arrecadação. Para o governo, a saída é apurar as fraudes e limitar o valor dos salários.

- Há um caso de um médico da secretaria de saúde que tem três vínculos com o estado, com a carga horária de 100 horas semanais, o que é rigorosamente impossível. Isso é uma questão, além de preocupante, uma questão revoltante também. Mas é preciso respeitar a constituição e as leis. Processos administrativos serão instaurados garantindo a defesa e os direitos constitucionais para reduzir esses vencimentos absurdos - comenta Paulo de Tarso secretário chefe do gabinete civil.

Fonte:in360.globo.com/rn/noticias

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