Os sindicatos envolvidos nas greves do Estado lamentam a posição de Paulo de Tarso e afirmam que, na verdade, há uma tentativa de desviar a atenção da responsabilidade do Executivo do RN sobre as greves que se alastram.
"Lamentamos profundamente que a governadora, através de Paulo de Tarso, tenha tomado esse caminho, à recusa do diálogo. As greves são resultado da falta de negociação, que quando não se faz, as categorias deflagram reação contrária", disse a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), Fática Cardoso.
A greve da educação a comentada por Paulo de Tarso para ilustrar o exemplo de enfretamento político que ele diz existir. O secretário afirmou que dentro do Sinte "facções do PT" frustram o plano de unidade da categoria.
"Nossa categoria é uma das que mais se filia a partidos. Tem filiados ao DEM, ao PT, ao PC do B, ao PSOL ao PMDB. Ela é filiada, mas não é um partido político. Seria até ingenuidade do governo dizer que a categoria não tem partido", critica Cardoso.
Fátima lembra ainda que nos últimos seis anos, a categoria dos professores deflagrou greve em cinco e que não se trata de eleger o governo de Rosalba Ciarlini (DEM) como alvo.
"Rechaçamos peremptoriamente esse pensamento de Paulo de Tarso. Não há facção política. Não há militância partidária dentro das greves, embora qualquer um tenha o direito constitucional de se filiar a legendas partidárias".
Arruda argumenta que, "se fosse motivação política, 11 categorias de setores ligados ao Sinai, que é o número de planos aguardando implantação, deflagrariam greve. E hoje, apenas três aderiram ao movimento paredista".
O Sindicato dos Servidores dos Policiais Civis (Sinpol) também repercutiu as declarações de Paulo de Tarso. Para o diretor Djair Oliveira, "o secretário está equivocado em suas declarações. Não estamos pedindo favores ao Estado, queremos apenas o cumprimento de uma lei".
Oliveira ainda lembrou que no Sinpol não há militância partidária, "embora qualquer um tenha o direito de fazê-la".
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