domingo, 28 de agosto de 2011

MINHAS POESIAS

PADRE MONTEIRO E O ÉBRIO


Carlos Teixeira vivia

Em são José da Passagem

E é ele o personagem

Desse fato de outro dia.

O padre, aos domingos ia

Em São José celebrar

E quando lhe viu chegar

A mulher de seu Teixeira

Ligeirinho, na carreira

Veio para lhe falar.


Seu padre, meu companheiro

Só me chega embriagado

Nem dá conta do recado

Nem me chega com dinheiro.

Nem mesmo ao gado leiteiro

De seu Lauro Assunção

Ele dá mais atenção

Já relaxou no serviço

Tudo por causa do vício

Da cachaça com limão.


O proíba de beber

Pelo menos no Distrito

Peça pra largar o litro

E comprar roupa e comer.

Vou pensar no que dizer

Vou rezar a missa agora

Mas deixe, minha senhora

Que vou conversar depois

Quando tiver só nós dois

Para ver se ele melhora.


Depois de ter terminado

O padre avistou Teixeira

Que já ia na carreira

Em procura do mercado.

Ele semiembriagado

Levava um litro de cana

O Padre Monteiro o chama

E faz um medo ao sujeito

Carlos, ou tu toma logo jeito

Ou outro lhe toma a cama.


Amigo Carlos Teixeira

Tá na hora de acabar

De viver de bar em bar

Pare com essa bebedeira.

Pois a sua companheira

Me procurou reclamando

Que você nem tá mais dando

Conta em casa e no serviço

Tudo por causa do vício

Que está lhe atrapalhando.


Está bem, Padre Monteiro

Juro que não bebo mais

Pode sossegar em paz

Que meu juro é verdadeiro.

Jogue a cana, companheiro

Mostre agora que é macho.

Espere! Sossegue o facho

Desse litro, na verdade

Só é meu só a metade

E minha parte está embaixo.


Autor: Assis Braga

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