Os diretores de escolas estão sendo advertidos pelo Ministério Público sobre quem tem direito à merenda escolar. “Essa pressão do MP toma por base as normas gerais do Ministério da Educação, mas tem se transformado em uma verdadeira paranóia”, diz a coordenadora geral do Sinte, Fátima Cardoso.
A dirigente chama a atenção para preocupações maiores com a alimentação escolar. É ocaso do financiamento, que já foi investigado pela Controladoria Geral da União (CGU) e veio à tona em março deste ano. Na ocasião, a imprensa denunciou o maior ralo existente para escoamento da verba da alimentação escolar e ele está, justamente, nas prefeituras.
Para a dirigente, o papel do Ministério Público tem se invertido com essa questão. “Apesar das constatações feitas pela CGU, que demonstram os desvios de recursos feitos pelos gestores, das notas frias, do superfaturamento dos produtos, o MP decide centrar suas atenções justamente nos professores, pelo simples fato de se alimentarem da merenda excedente.”, afirma a sindicalista.
Fátima Cardoso lembra que esse assunto já foi pauta de discussão da assembleia da categoria e reafirma a deliberação da época: "A alimentação escolar é do aluno, isso é lógico. Contudo ela não está restrita só aos estudantes. A comunidade escolar pode se alimentar também, desde que não falte para os alunos.”, disse.
O que mais impressiona é não se poder utilizar o alimento que é excedente. “Há falta de alunos, existe uma variação no consumo do alimento, entre os estudantes, alguns deles levam merenda de casa etc. Sendo assim, a quantidade de alimento preparado sempre é superior ao que é consumido pelos alunos. Que mal há em e ele ser utilizado pelos trabalhadores? É preferível que a comida vá para o lixo a ser redistribuída?”, questiona a dirigente.
A sindicalista disse, ainda, que solicitará ao MP um trabalho efetivo naquilo que realmente que destrói o Patrimônio Público, que é a má gestão da verba destinada à merenda escolar
Fonte:sinte-rn
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