quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Governo desmarca audiência com servidores sem justificativa oficial

Ricardo Araújo - repórter

O clima é de revolta e frustração na recepção da Governadoria. Pela segunda vez consecutiva, o Governo Estadual desmarca a reunião que teria com os representantes de diversas categorias que compõem a base proletária do Executivo Estadual, sem dar uma justificativa. A primeira reunião estava confirmada para o dia 16 passado e foi transferida para hoje (21).

"Nós soubemos que a audiência tinha sido desmarcada ontem no início da noite. Não tivemos tempo de nos mobilizar. Por isso, estamos aqui esperando uma posição oficial do secretário-chefe do Gabinete Civil, Paulo de Tarso, e do secretário de Planejamento, José Anselmo", afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Indireta (Sinai), Santino Arruda.


Em ofício assinado pelo secretário-chefe do Gabinete Civil Estadual, Paulo de Tarso Fernandes, no dia 8 de julho deste ano, ficou acordado que o Governo cumpriria com a implantação dos Planos de Cargos, Carreiras e Salários a partir deste mês. Cita o texto do documento: "Quanto à implantação dos diversos Planos, o Governo, de setembro a dezembro próximos, tomará tal providência em parcelas iguais".

Além do Sinai, estão na sede do Executivo Estadual, representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinte RN) e do Sindicato dos Servidores Técnicos da Secretaria Estadual de Tributação (Sintern). A secretária geral do Sinte, Janeayre Souto, afirmou que só deixará a Governadoria depois que o Governo explicar os motivos pelos quais, mais uma vez, adia a negociação com os servidores. "Não podemos aceitar que o Governo nos dê calote. O Governo está levando o povo do RN do "Agosto da Alegria" para a "Primavera Sombria"". destaca Janeayre.

O representante do Sintern, João Luiz, ressalta que o Governo arrecadou mais do que o suficiente no último quadrimestre para implementar os Planos. "A arrecadação de agosto foi a melhor desde agosto de 2008. O Governo arrecadou R$ 273 milhões. A folha de pagamento gira em torno de R$ 235 milhões, segundo o próprio secretário de Administração. Além disso, grande parte do pagamento dos professores, é feito via Fundeb", destaca João Luiz. O secretário-chefe do Gabinete Civil, Paulo de Tarso, está na Governadoria, mas não se posicionou acerca da audiência desmarcada com os servidores.

Fonte:tribunadnorte.com.br

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